Chamou a minha atenção a leitura de artigo da revista
corporativa de uma das estatais brasileiras.
O autor, tenta de todas as maneiras convencer o leitor interno
sobre a relevância dos serviços prestados e a dificuldade de se rebater as notícias
veiculadas pela imprensa sobre a baixa qualidade dos serviços prestados. Com um ponto de vista totalmente
corporativista, defende a performance da empresa, que opera em todo o
território nacional em um ramo essencial para o desenvolvimento da nação.
Por estar envolvido emocionalmente nas criticas divulgadas, ele
alega com os conhecimentos obtidos na faculdade de marketing que “e melhor não
rechaçar as criticas, pois só é notícia NOVIDADE ou NEGATIVIDADE”. Assim se
houver uma réplica, a sobrevida da crítica é maior.
Como me utilizo desses serviços pessoal e profissionalmente, posso afirmar que as criticas são
válidas.
Apesar de toda a tecnologia disponível no mercado, estamos literalmente
no tempo das carruagens neste específico setor de infraestrutura brasileira. Ademais posso constatar a distorção na atividade fim a que
se propõe a empresa. É notório que a propaganda do produto e a embalagem oferecida são mais refinadas do que o
conteúdo. Nada contra o marketing. São coisas típicas do BRASIL.
Comparo o autor do texto aos mandatários do países em crise
que insistem em passar para a população uma imagem que não combina com a realidade. Desconhecem ou por força
de suas ideologias deixam de aplicar as boas práticas da gestão moderna. Aumenta a minha preocupação ao verificar em outro artigo o sugestivo título “O futuro já chegou” demonstrando que o outro autor do mesmo modo que o anterior tenta como que em uma lavagem cerebral, induzir o leitor que está tudo bem com o BRASIL.
As nossas obras de mobilidade urbana, infraestrutura e de participação
na copa do mundo estão ai para dizer ..... QUE NÃO.
Nem preciso comentar sobre
a saúde, educação e corrupção.
Concluo afirmando que precisamos ser mais humildes
para detectar em todas as críticas recebidas a real oportunidade de melhorias sob pena de
estacionarmos no tempo. Talvez por isso, desde a infância, ouço falarem que somos o país do futuro.
Precisamos acabar com essas caixas-pretas.