sábado, 29 de março de 2014

Coisas do BRASIL.

Na seção, de sexta, dia 13/09/13, o ministro Joaquim Barbosa presidente do supremo tribunal federal rasgou a Constituição Brasileira na frente de vários colegas do Supremo e afirmou:




"Somos o único caso de democracia no mundo em que condenados por corrupção legislam contra os juízes que os condenaram."

"Somos o único caso de democracia no mundo em que as decisões do Supremo Tribunal podem ser mudadas por condenados."

"Somos o único caso de democracia no mundo em que deputados, após condenados, assumem cargos e afrontam o judiciário." 

"Somos o único caso de democracia no mundo em que é possível que, condenados, façam seus habeas corpus, ou legislem para mudar a lei e sejam libertos."

Ministro Joaquim Barbosa.


E o pior é saber que o BRASIL somos nós. De que adiantam as leis se não são cumpridas?
A Constituição precisa ser respeitada na sua integridade. Essa atitude deixou de ser noticiada pela mídia. Seria uma excelente oportunidade para a população tomar conhecimento dos conflitos promovidos pelos nossos poderes constituídos em função de interesses próprios. Eu tenho esperança.
Comandante França.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Carta para quando o Outubro de 2014 chegar.

Estamos próximos ao mês de outubro de 2013. Mês significativo quando projetamos um ano adiante. Em outubro de 2014 teremos novamente eleições dos nossos representantes a nível Federal e Estadual.

 Temos assistido a vários acontecimentos nos últimos meses cujo estopim é a política ou os políticos atuais. Um dos motivos da atual situação de protestos também já entrou na contagem regressiva de um ano. É a copa do mundo. A realização de tal evento ensejou uma demanda de obras que na realidade não poderiam ou deveriam estar acontecendo. Outras prioridades teríamos. Alias, esta é uma palavra chave para o moderno administrador, juntamente com a tal da transparência (ética).
Por todos os cantos opiniões diversas são ouvidas. Algumas ações foram deflagradas como as manifestações de rua, mas verifica-se ainda a ocorrências de fatos absurdos. Continuamos estarrecidos com a falta de sensibilidade e de moral dos nossos representantes oportunistas. É importante salientar também a nossa própria insensatez na hora de escolhermos os que nos representarão.
Gostaria de chamar a atenção de todos os cidadãos também para o calendário distribuído pelo TSE que define o mês de maio de 2014 como prazo final para a transferência do Título de Eleitor. Essa ação pode ser encarada como uma autentica manifestação do povo contra os que não têm a lealdade e dignidade para com os seus eleitores. Os maus representantes devem ser eliminados e outros dignos devem ser eleitos.
Muitos partidos políticos existem, mas na verdade todos são frutos dos seus integrantes. Se tivermos pessoas dignas, teremos partidos dignos.

Se você não mais aceita essa submissão e quer se manifestar de uma forma coerente e patrioticamente, sem os atos de vandalismo que normalmente acontecem nas atuais demonstrações da indignação da população sabe-se lá com quais interesses, atualize o seu domicílio eleitoral de forma a contribuir com a democracia elegendo representantes confiáveis e que traduzam em leis os verdadeiros anseios da população.

Fiquem atentos as propostas dos possíveis candidatos e não se iludam com o profissionalismo das equipes de marketing a disposição dos mais abonados. Lembre-se que as plataformas devem ser coerentes com o cenário da nação e anseios da população.

Esmola demais, nós santos devemos desconfiar.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Cidadania

Cidadania (do latim, civitas, "cidade") é o conjunto de deveres e direitos ao qual um indivíduo está sujeito em relação à sociedade em que vive.

Dito isto, relato a minha satisfação sentida como cidadão e profissional ao comparecer no início da segunda semana de março a uma palestra em uma faculdade em Belo Horizonte. O objetivo, segundo o convite formulado, seria trocar experiências sobre a aviação com as turmas de pilotos e mecânicos em fase de formação.

Além dos assuntos técnicos, incluí alguns comentários sobre as qualidades dos profissionais desse ramo de atividades, destacando a disciplina. Palavra mágica essa, mas que quase ninguém sabe exatamente o significado na prática.
Para sermos profissionais em qualquer ramo de atividade ela é essencial, ainda mais na aviação onde insistimos em desafiar a lei da gravidade diuturnamente.
Ressaltei que muitas vezes precisamos contrariar nossas percepções e acreditar no mais importante dos sentidos para que voa ou mantém a máquina que voa: a visão. Com ele conseguimos contrariar as falsas impressões que nos são passadas pelos demais sentidos em um voo sem visibilidade, por exemplo, e manter o voo e consequentemente a vida. Mas para isso é preciso muita disciplina, principalmente no início da carreira e daí a importância do meu testemunho.
Creio ter atingido o objetivo proposto, apesar do horário e do aparente cansaço da plateia.

Como a semana estava repleta de atividades, prossegui cumprindo em seguida minha rotina profissional que incluía treinamento de voo em simulador na cidade de São Paulo.  Esse treinamento serve para aumentar a proficiência nas operações de voo como também aumenta a confiança pessoal. A disciplina é um item necessário e presente também nesse treinamento para cumprirmos tudo conforme previsto tecnicamente e não como “achamos” que deve ser.

No sábado, o treinamento realizado no simulador (virtual) foi realizado em operação real no litoral de Vitória, em uma noite muito bonita, com a lua por nos ajudar na visualização das áreas de pouso bem como também as espumas das ondas produzidas no entrechoque com a plataforma e quando já bem a baixa altura da lamina d’água. A falta das referencias visuais existentes no período do dia nos obrigam a usar toda a perícia e habilidade nesta condição e também a estimular ao máximo todos os sentidos, principalmente a visão.

Na manha seguinte, ao prosseguirmos na nossa rotina profissional seguindo viagem para o sul, embarcamos em um voo com escala em Congonhas. Aproveitei o trajeto para uma relaxada tradicional e somente acordei com o ruído característico de quando o trem de pouso da aeronave trava na posição baixado. Para minha indignação, mesmo após o aviso proferido pelas comissárias sobre a necessidade de se manter todos os aparelhos eletrônicos desligados, visualizo um passageiro (me nego a denomina-lo de cidadão) sentado na fileira da frente manuseando seu celular. 


Por alguns segundos pensei sobre a necessidade ou não de lembra-lo do aviso. Julguei que o mesmo poderia estar em processo de desligamento. Como percebi a atividade de digitação normal do mesmo, preparei-me mentalmente e recomendei que atendesse a recomendação dada.
Em resposta, obtive a informação que o mesmo estava na condição “off line”. Imediatamente contestei que a instrução transmitida em português bem claro era para que fossem desligados “todos” os aparelhos mesmo que em modo avião. 
Em virtude da minha insistência e por ter proferido alguma palavras que lhe demonstraram o tamanho da minha indignação e as consequências legais e praticas de tal ato e ainda pela reação dos demais passageiros ao redor, o dito cujo resignou-se e desligou o aparelho.

Após o desembarque e já no terminal de passageiros, pude observar outras demonstrações absurdas da falta de civilidade do nosso povo. A certeza dessa avaliação culminou com a constatação da falta de papel toalha em todos os suportes do “toilette” sem que nenhum dos presentes tivesse iniciativa de comunicar ou reclamar com os responsáveis por sua reposição.


Ao chegar ao meu destino final, fiquei a meditar sobre tais acontecimentos e ainda agora não sei o porque desse comportamento não civilizado que contamina a quase todos nós. 

Creio que devemos repensar a educação como há alguns anos atrás, ensinando noções de cidadania nas nossas escolas, assim como aprendi em todas as escolas que frequentei e pratico hoje em casa com os meus: disciplina, deveres e por fim nesta sequência, como recompensa os direitos.

BRASIL: nós somos vocês.


terça-feira, 18 de março de 2014

Porte de armas: coisa de gente civilizada.


A arma é civilização.

Major L. Caudill - Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA – USMC

As pessoas só possuem duas maneiras de lidar umas com as outras: pela razão e pela força. Se você quer que eu faça algo para você, você tem a opção de me convencer via argumentos ou me obrigar a me submeter à sua vontade pela força. Todas as interações humanas recaem em uma dessas duas categorias, sem exceções. Razão ou força, só isso. 

Em uma sociedade realmente moral e civilizada, as pessoas somente interagem pela persuasão.A força não tem lugar como método válido de interação social e a única coisa que remove a força da equação é uma arma de fogo (de uso pessoal), por mais paradoxal que isso possa parecer.

Quando eu porto uma arma, você não pode lidar comigo pela Força. Você precisa usar a Razão para tentar me persuadir, porque eu possuo uma maneira de anular suas ameaças ou uso da Força. 

A arma de fogo é o único instrumento que coloca em pé de igualdade uma mulher de 50 Kg e um assaltante de 105 Kg; um aposentado de 75 anos e um marginal de 19, e um único indivíduo contra um carro cheio de bêbados com bastões de baseballA arma de fogo remove a disparidade de força física, tamanho ou número entre atacantes em potencial e alguém se defendendo.

Há muitas pessoas que consideram a arma de fogo como a causa do desequilíbrio de forças. São essas pessoas que pensam que seríamos mais civilizados se todas as armas de fogo fossem removidas da sociedade, porque uma arma de fogo deixaria o trabalho de um assaltante (armado) mais fácil. Isso, obviamente, somente é verdade se a maioria das vítimas em potencial do assaltante estiver desarmada, seja por opção, seja em virtude de leis - isso não tem validade alguma se a maioria das potenciais vítimas estiver armada.

Quem advoga pelo banimento das armas de fogo opta automaticamente pelo governo do jovem, do forte e dos em maior número, e isso é o exato oposto de uma sociedade civilizada. Um marginal, mesmo armado, só consegue ser bem sucedido em uma sociedade onde o Estado lhe garantiu o monopólio da força.

Há também o argumento de que as armas de fogo transformam em letais confrontos os que de outra maneira apenas resultariam em ferimentos. Esse argumento é falacioso sob diversos aspectos. Sem armas envolvidas, os confrontos são sempre vencidos pelos fisicamente superiores, infligindo ferimentos seriíssimos sobre os vencidos.

Quem pensa que os punhos, bastões, porretes e pedras não constituem força letal, estão assistindo muita TV, onde as pessoas são espancadas e sofrem no máximo um pequeno corte no lábio. O fato de que as armas aumentam a letalidade dos confrontos só funciona em favor do defensor mais fraco, não do atacante mais forte. Se ambos estão armados, o campo está nivelado. 

A arma de fogo é o único instrumento que é igualmente letal nas mãos de um octogenário quanto de um halterofilista. Elas simplesmente não funcionariam como equalizador de Forças se não fossem igualmente letais e facilmente empregáveis.

Quando eu porto uma arma, eu não o faço porque estou procurando encrenca, mas por que espero ser deixado em paz. A arma na minha cintura significa que eu não posso ser forçado, somente persuadido. Eu não porto arma porque tenho medo, mas porque ela me permite não ter medo. Ela não limita as ações daqueles que iriam interagir comigo pela razão, somente daqueles que pretenderiam fazê-lo pela força. Ela remove a força da equação. E é por isso que portar uma arma é um ato civilizado.


Então, a maior civilização é onde todos os cidadãos estão igualmente armados e só podem ser persuadidos, nunca forçados.



O texto acima, extraído do Facebook serve para realizarmos uma reflexão sobre a atual situação que vive a população brasileira em função de políticas adotadas pelos nossos governantes e pelos elevados índices de criminalidades mascarados nas estatísticas por aqueles que precisam nos induzir uma falsa sensação de segurança. É mais um dos paradigmas que precisam ser revistos. Comandante França

sábado, 8 de março de 2014

Todo mundo sabe.

Termino a jornada de quinze dias de trabalho ou como costumo melhor definir, quinze dias de voo, pois voar não é trabalhar. Prossigo de carona do interior do estado do Rio até a capital a fim de prosseguir por via aérea com destino a Belo Horizonte.
Adquirindo novas habilidades e já com fã-clube.

Véspera de carnaval e no trajeto cumprido no dobro do tempo previsto (como era de se esperar), pudemos observar as mazelas comuns à todas as cidades do Brasil. O movimento de veículos é intenso e como conseqüência temos enorme quantidade de ambulantes vendendo todo tipo de mercadorias na estrada.

A paisagem para mim é desoladora: muitas casas simples, literalmente na beira da estrada, aumentando o risco e a insegurança da viagem bem como de seus moradores, obras de duplicação em determinados trechos, que segundo o meu anfitrião de viagem, consomem aqui pelo menos o dobro do tempo de construção e quem sabe quanto a mais de custo, se comparadas com as que são realizadas no estado de São Paulo.

Soma-se a paisagem a visão de muitos veículos, quer sejam carros, ônibus e caminhões sem a necessária conservação, fruto da falta de fiscalização e conivência das autoridades e que culminam no aumento das estatísticas de acidentes e vítimas das estradas brasileiras.

Constatamos a imprudência de muitos motoristas em ultrapassagens arriscadas ou em curvas que desafiam as leis da física. Nossas estradas não são projetadas e nem construídas considerando-se a existência de tais leis.
Bernardo, meu sobrinho-neto.

Na chegada ao aeroporto internacional do Rio de Janeiro, destino final previsto, devido à péssima sinalização e das obras de mobilidade urbana em andamento, conseguimos alcançar o estacionamento do terminal, quando nossa intenção seria chegar no embarque.

Como o meu tempo de espera seria de seis horas aproximadamente, resolvi reunir-me aos festejos natalícios de meu sobrinho Fernando e embarquei em um táxi com destino a Irajá. Aproveitaria para rever toda a família e o Bernardo.

Ao indagar como estava a vida ao simpático motorista, recebi uma demonstração de quão insatisfeitos estão os cidadãos que possuem um mínimo de conhecimento das coisas da vida: política, economia, violência, educação, saúde, mobilidade urbana, transito caótico, diplomacia e guerras foram temas da exposição do condutor. Certamente que mesmo considerando o desconhecimento de alguns detalhes dos bastidores desses assuntos, sua descrição para os problemas do Brasil foram muito lúcidas.

Aguçou minha perplexidade o fato de conhecer tantas outras pessoas com os mesmos pontos de vista e soluções semelhantes para as nossas crises, mas as ditas autoridades sempre insistem em agir no sentido contrário dessa lógica, motivando tantas insatisfações ao ponto de serem necessárias manifestações para que nossos anseios possam ser pelo menos ouvidos.

Mas para encurtar o papo, fica a dúvida: porque mesmo “todo mundo” sabendo de tudo isso o resultado final não muda e não conseguimos melhorar de vida?


Fernando, o aniversariante.
Fernando meu sobrinho querido: parabéns e obrigado pelo seu aniversário. Essa comemoração me valeu mais um aprendizado.


Nas próximas eleições precisamos eleger cidadãos e não políticos!