terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ponto de vista da religião sobre a política e o empobrecimento da população.

Transcrição de uma entrevista feita com o atual Papa Francisco quando ele era o então Cardeal Bergoglio, na Argentina. Na realidade, foi uma emboscada realizada pelo jornalista Chris Matthews da MSNBC  que é  comunista, socialista e ateu. Mas Bergolio encurralou Matthews de tal forma que a entrevista nunca foi ao ar porque, ao perceber que seu plano havia falhado, Matthews arquivou o vídeo. Porém, um estudante de Notre Dame, que prestava serviços sociais na MSNBC, apoderou-se dele e o deu para seu professor. O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza. O destaque da entrevista é a discussão sobre a pobreza.


A entrevista começou quando o jornalista, tentando embaraçar o Cardeal, perguntou-lhe o que ele pensava sobre a pobreza no mundo.O cardeal respondeu:

" - Primeiro na Europa e agora nas Américas, alguns políticos têm se dedicado a endividar as pessoas, fazendo com que fiquem dependentes.

- E para quê? Para aumentar o seu poder. Eles são grandes especialistas em criação de pobreza e isso ninguém questiona. Eu me esforço para lutar contra esta pobreza.

- A pobreza tornou-se algo natural e isso é ruim. Minha tarefa é evitar o agravamento de tal condição. As ideologias que produzem a pobreza devem ser denunciadas. A educação é a grande solução para o problema.

- Devemos ensinar as pessoas como salvar sua alma, mas ensinar-lhes também a evitar a pobreza e a não permitir que o governo os conduza a esse estado lastimável "

Mathews ofendido pergunta: - O senhor culpa o governo?

" - Eu culpo os políticos que buscam seus próprios interesses. Você e seus amigos são socialistas. Vocês (socialistas) e suas políticas, são a causa de 70 anos de miséria, e são culpados de levar muitos países à beira do colapso. Vocês acreditam na redistribuição, que é uma das razões para a pobreza. Vocês querem nacionalizar o universo para poder controlar todas as atividades humanas. Vocês destroem o incentivo do homem, até mesmo para cuidar de sua família, o que é um crime contra a natureza e contra Deus. Esta vossa ideologia cria mais pobres do que todas as empresas que vocês classificam de diabólicas.

Replica Mathews: - Eu nunca tinha ouvido nada parecido de um cardeal.

" - As pessoas dominadas pelos socialistas precisam saber que não têm que ser pobres"

Ataca Mathews: - E a América Latina? O senhor quer negar o progresso conseguido?

"O império da dependência foi criado na Venezuela por Hugo Chávez, com falsas promessas e mentindo para que se ajoelhem diante de seu governo. Dando peixe ao povo, sem lhes permitir pescar. Se na América Latina alguém aprende a pescar é punido e seus peixes são confiscados pelos socialistas. A liberdade é castigada.

- Você fala de progresso e eu falo de pobreza. Temo pela América Latina. Toda a região está controlada por um bloco de regimes socialistas, como Cuba, Argentina, Equador, Bolívia, Venezuela, Nicarágua. Quem vai salvá-los (a América Latina) dessa tirania?"

Acusa Mathews: - O senhor é um capitalista.

" - Se pensarmos que o capital é necessário para construir fábricas, escolas, hospitais, igrejas, talvez eu seja capitalista. Você se opõe a este raciocínio?"

- Claro que não, mas o senhor não acha que o capital é retirado do povo pelas corporações abusivas?

- "Não, eu acho que as pessoas, através de suas escolhas econômicas, devem decidir que parte do seu capital vai para esses projetos. O uso do capital deve ser voluntário. Só quando os políticos se apropriam (confiscam) esse capital para construir obras públicas e para alimentar a burocracia é que surge um problema grave. O capital investido voluntariamente é legítimo, mas o que é investido com base na coerção é ilegítimo ".

- Suas ideias são radicais, diz o jornalista.

- "Não. Há anos Khrushchev advertiu: "Não devemos esperar que os americanos abracem o comunismo, mas podemos ajudar os seus líderes com injeções de socialismo, até que, ao acordar, eles percebam que abraçaram o comunismo". Isto está acontecendo agora mesmo no antigo bastião da liberdade. Como os EUA poderão salvar a América Latina, se eles próprios se tornarem escravos de seu governo? "

Mathews diz: - Eu não consigo digerir (aceitar) tal pensamento.

O cardeal respondeu: - "Você está muito irritado porque a verdade pode ser dolorosa. Vocês (os socialistas) criaram o estado de bem-estar que consiste apenas em atender às necessidades dos pobres, pobres esses que foram criados por vocês mesmos, com a vossa política. O estado interventor retira da sociedade, a sua responsabilidade. Graças ao estado assistencialista, as famílias deixam de cumprir seus deveres para obterem o seu bem-estar, incluindo as igrejas. As pessoas já não praticam mais a caridade e vêem os pobres como um problema de governo.

- Para a igreja já não há pobres a ajudar, porque foram empobrecidos  permanentemente e agora são propriedade dos políticos. E algo que me irrita profundamente, é o fato dos meios de comunicação observarem o problema sem conseguir analisar o que o causa. O povo empobrece e logo em seguida, vota em quem os afundou na pobreza ".






O mundo se acostumou à hipocrisia dos políticos que dizem o que o povo quer ouvir e fazem o que eles bem entendem. 
Comandante França.




segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Pensando em voz alta




Eu ia votar em Eduardo Campos. Portanto, ia votar em Marina Silva para vice-presidente.
Se Eduardo Campos a aceitou como companheira de chapa e se eu confiava nele como confiava, qual o motivo que eu teria para não votar em Marina Silva para presidente da República?
Assim pensava até o dia da surpreendente reunião do PSB com a REDE para sacramentar o nome de Marina e do escolhido para seu vice, Beto Albuquerque. Após aquele encontro ‘petista’ demais para meu gosto, comecei a temer pelo meu voto.
Não condeno, e nem poderia, o fato de Marina Silva querer alguém dela na coordenação de sua campanha, fato mais do que natural. Mas tudo poderia ter sido feito com mais elegância, com mais respeito pela dor do assessor que, já ferido pela morte de seu grande amigo, ainda testemunhava a invasão de seu partido.
Fiquei decepcionada e preocupada.
Mas eis que Marina coloca também na coordenadoria a ex-prefeita de SP Luiza Erundina. Mulher de fibra, de caráter íntegro e que não deixou o PT por, de repente, implicar com estrelas. E que não se prestaria, jamais, a servir de cavalo de Troia...
Algum tempo atrás Erundina criticou Marina Silva por negar a importância dos partidos políticos e pregar a aliança direta com a sociedade. Isso não foi dito num bilhete secreto, mas publicamente, e está nas redes. Como Marina a convidou para sua equipe, creio (ou espero?) que a candidata repense o que disse e passe a concordar com sua coordenadora.
Mas no fundo de minha alma fica a dúvida. E lendo a VEJA desta semana, só cresce a angústia: Marina continua a defender o tal Decreto 8243, que vai matar por asfixia o Congresso Nacional, em vez de pugnar pela revitalização dos partidos políticos. Será verdade?
Na mesma VEJA leio que talvez aquele rapaz Fora do Eixo, o tal de Paulo Capilé, poderia vir a ser o ministro da Cultura de Marina.
Será o Benedito?
Depois de ler isso, faço o sacrifício de assistir às propagandas políticas na TV. É nauseante! Tem até um cidadão com um balão de aniversário nas mãos que se diz de saco cheio e estoura o balão! Foi só o que ele disse e fez.
É preciso ter cuidado ao votar, separar muito bem o joio do trigo para não dar razão aos que se encantaram pelo famigerado 8243, ferramenta que poria nas mãos de escolhidos do Executivo a aprovação de questões que mexeriam com a vida de nossas instituições. Votar, sim, mas votar com responsabilidade, isso é fundamental.
É vital para o Brasil reerguer os Três Poderes e deixá-los fortes, competentes, altivos, e voltados para o bem dos brasileiros. E a única maneira de conseguir essa mudança tão necessária é votando com cuidado!
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa, professora e tradutora
O Globo

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Carta para quando o outubro de 2014 chegar

Estamos próximos ao mês de outubro de 2013. Mês significativo quando projetamos um ano adiante. Em outubro de 2014 teremos novamente eleições dos nossos representantes a nível Federal e Estadual.

 Temos assistido a vários acontecimentos nos últimos meses cujo estopim é a política ou os políticos atuais. Um dos motivos da atual situação de protestos também já entrou na contagem regressiva de um ano. É a copa do mundo. A realização de tal evento ensejou uma demanda de obras que na realidade não poderiam ou deveriam estar acontecendo. Outras prioridades teríamos. Alias, esta é uma palavra chave para o moderno administrador, juntamente com a tal da transparência (ética).
Por todos os cantos opiniões diversas são ouvidas. Algumas ações foram deflagradas como as manifestações de rua, mas verifica-se ainda a ocorrências de fatos absurdos. Continuamos estarrecidos com a falta de sensibilidade e de moral dos nossos representantes oportunistas. É importante salientar também a nossa própria insensatez na hora de escolhermos os que nos representarão.
Gostaria de chamar a atenção de todos os cidadãos também para o calendário distribuído pelo TSE que define o mês de maio de 2014 como prazo final para a transferência do Título de Eleitor. Essa ação pode ser encarada como uma autentica manifestação do povo contra os que não têm a lealdade e dignidade para com os seus eleitores. Os maus representantes devem ser eliminados e outros dignos devem ser eleitos.
Muitos partidos políticos existem, mas na verdade todos são frutos dos seus integrantes. Se tivermos pessoas dignas, teremos partidos dignos.

Se você não mais aceita essa submissão e quer se manifestar de uma forma coerente e patrioticamente, sem os atos de vandalismo que normalmente acontecem nas atuais demonstrações da indignação da população sabe-se lá com quais interesses, atualize o seu domicílio eleitoral de forma a contribuir com a democracia elegendo representantes confiáveis e que traduzam em leis os verdadeiros anseios da população.

Fiquem atentos as propostas dos possíveis candidatos e não se iludam com o profissionalismo das equipes de marketing a disposição dos mais abonados. Lembre-se que as plataformas devem ser coerentes com o cenário da nação e anseios da população.

Esmola demais, nós santos devemos desconfiar.

José Roberto Correia FRANÇA

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Deus e os generais

 Autor: Alexandre Garcia

Fez porcaria e agora empurra para Deus? “Deus vai ajudar.” Como assim? Você não se ajudou e agora quer que Deus resolva? Ah, os generais vão resolver? Como assim? Eles intervieram, em 64, o Brasil cresceu a 11,2 em média em três anos e depois devolveram o poder aos civis. Os civis e seus partidos tiveram quase 30 anos para pegar um país pronto e disparar como a China. O que houve? Más escolhas na urna? Não é de Deus a culpa. 

Alguns choram de novo à porta dos quartéis, achando que os generais devem voltar para socorrer os pobrezinhos imaturos, com medo da maioridade, querendo ser tutelados. Ora, resolvamos nós, cidadãos. Nem Deus nem os generais vão nos tutelar. Fazemos as porcarias e depois choramos como uns bebês? Até parecemos jogadores da seleção brasileira. Assumamos nossos votos nas urnas. Nossas passividades, nossas alienações. Paguemos nossos pecados. Deixemos de ser pueris. Sejamos adultos, responsáveis.


Pobre país que fica esperando pelos outros. O país somos nós. Mês que vem é o mês do 7 de setembro, da Semana da Pátria, da Independência. Para meditar. Será que vamos encher nossos carros de bandeirinhas, como na Copa? O Brasil somos nós. Não é uma equipe de futebol, como nossa infância tardia imagina. É um país em que vamos viver nossa velhice, com nossos filhos e netos. Se continuar assim, nos estamos condenando ao nada, ao não-futuro. Será que não vamos acordar, células que somos do gigante deitado em berço esplêndido?

Sim, devemos ter mesmo complexo de vira-latas, como nos joga na cara o governo. Quando o país vai dando certo, julgamos que não merecemos, que estamos abaixo do cavalo do bandido, e damos um jeito de estragar tudo. Damos um jeito de piorar o que está ruim. Nossa ignorância para a cidadania, para o mundo, para a civilidade, para a civilização é gigantesca. Nossa ignorância, por outro lado, nos permite suportar tudo, porque não conhecemos a realidade e na tapera em que vivemos, imaginamos habitarmos num palácio.


É para isso que somos mantidos longe da educação; que as escolas estão caindo, que os professores são mal-formados e mal-pagos; é para isso que o ensino é pífio, que ninguém lembra os pais de suas responsabilidades, ninguém condena os pais pelo mau exemplo de sonegar, pagar propina, passar o sinal fechado, não ensinar que a lei serve para que todos sejamos livres e felizes. E vamos despencando. 

Volta e meia temos uma chance, na urna. Mas, em geral, não aproveitamos. Preferimos esperar que tutores imaginários um dia nos salvem. Podem esquecer. Não há força fora de nós.
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Experimentem dar mais um mandato para o PT...Não reclamem depois dizendo que não sabiam.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

O militar e a política

O militar foge da política como o diabo foge da cruz. Querer falar de política junto à família militar é angariar antipatia e encontrar resistências daqueles que estão na reserva do “exército dos apolíticos”, daqueles que não gostam de política e não votam em militar.
A esses companheiros, com pesar, tenho lhes dado os meus mais sinceros pêsames!
Sabe por quê? Vou lhe dizer.
Quando se trata de reivindicar o aumento dos vencimentos e proventos, são as esposas que, corajosamente, vão bater panelas na frente do Congresso Nacional, enquanto, nós, disciplinados e ordeiros, ficamos acantonados nos quartéis. Que belo exemplo (das nossas esposas) para os nossos filhos.
E mais, quando se trata de opinar sobre o que melhor atende aos interesses da Força, como no caso da compra dos aviões pela FAB, a nossa opinião não vale nada, pois além de não sermos ouvidos, somos, simplesmente, ignorados. Quanto e quem ganha com isso? E tudo porque somos apolíticos.  
Pura bobagem. Enquanto pensarmos assim, vamos ficar marcando passo. Essa história de bater no peito cheio de medalhas, dizendo que somos apolíticos, de esbravejar que militar não gosta de política e não vota em militar, que na política só existem corruptos e o militar não se corrompe precisa acabar.
Quem é que disse que para estar na política é preciso ser corrupto?   Também, é bom que se diga: nem todos os civis que militam na política, graças a Deus, são desonestos.
Como já dizia Arnold Toynbee, célebre historiador inglês: "O castigo maior para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam dela".
Veja o drama político atual, sinta e constate quem adora política. Estamos entre a cruz e a caldeirinha: se correr o bicho pega (Serra) e se ficar o bicho come (Dilma). Ambos “morrem de amores pelos militares”.
De nada adianta prantear o defunto dentro dos Clubes, Círculos e Associações Militares, de escrever belos e patrióticos artigos nos jornais, e pela internet, para extravasar a nossa indignação. Isso não vai resolver os nossos problemas e, tampouco, os problemas que afligem o povo brasileiro.
Se não contarmos com uma forte representatividade no Congresso Nacional, vamos continuar sendo, simplesmente, componentes das Forças Armadas, obsoletas, desnutridas, desmotivadas, desequipadas, e sem força alguma; assistindo, passivamente, por exemplo, um conceituado chefe militar como o General Maynard Marques de Santa Rosa ser destituído de suas funções, simplesmente porque ousou dizer a verdade.

Carlos Gomes da Silva

Vereador-Piracicaba/SP


Postado pelo citado autor na internet em 2010.