A
campanha
da grande mídia nacional contra os militares, por causa dos 50 anos do "1964" despertou neles a necessidade de participação maior no processo político. Já
houve várias candidaturas de militares a cargos eletivos contando com os votos
de companheiros de farda. Pouquíssimas tiveram sucessos.
Diferente
de outras profissões com mais forte corporativismo, ficou comprovado que "milico não vota em milico". Alguns até reclamam dos chefes militares que, avessos
à política, proíbem qualquer tratativa sobre candidaturas de colegas, por mais
discreta que seja, no interior dos quartéis. Até aí, tudo bem, mas alguns
comandantes chegam ao extremo de desestimular seus comandantes em qualquer abordagem
nesse sentido, mesmo fora da caserna.
Nesse período pré-eleitoral, surgem por
aí algumas notícias acerca da fundação do Partido Militar Brasileiro, que já
contaria com 80% das assinaturas necessárias para sua legalização e 1.045
diretórios municipais. Enquanto o PMB ainda não pode lançar candidaturas, 27
militares disputarão vagas na Câmara Federal e Assembleias pelo PMDB, PSD e
PDT.
O
Candidato do PSC à Presidência da República, o pastor Everaldo Pereira, apareceu
com 2% na última pesquisa do Data Folha, graças ao apoio dos evangélicos.
Agora, ele está procurando um militar para vice. Contando com 5
milhões de
militares entre os da ativa, reformados, pensionistas e parentes, segundo
cálculos do PSC, em todo o País.
Um
milico que tem obtido votações extraordinárias no Rio de Janeiro é o Deputado
Bolsonaro. Dizem os cariocas que quanto mais a imprensa e seus adversários batem
nele, mais ele cresce. Realmente, o homem é muito polêmico e brigão, mas no momento
atual, esse é um tipo de político que muita gente escuta, fazendo a diferença na
mesmice dos debates eleitorais.
Acredito e muita gente também, que o vencedor da próxima eleição será candidato que
abrir a boca no horário gratuito de televisão, falando o que deve ser falado
das roubalheiras, bandidagem e corrupção que rolam soltas por aí. O discurso
tradicional está falido e o povo sabe disso.
Todos
estão lembrando do escarcéu que a presidente Dilma fez em redes de televisão e
rádio anunciando a redução nas tarifas de luz, coisa que agora mostra ter sido
uma medida demagógica e insustentável. Na próxima conta de luz vamos constatar
isso.
A
Petrobras é nossa, do tempo de Getúlio, nunca esteve com a imagem tão
deteriorada, nunca perdeu tanto valor patrimonial e foi tão abalada por
escândalos e malfeitorias. E o pior é que seus inimigos estão na própria trincheira.
(Publicado
no Diário da Fronteira / Uruguaiana/RS de04/05).
O autor é o * Cel Antonio
Augusto Brasil Carús.
* Foi deputado
estadual, Secretário de Estado e Prefeito de Uruguaiana por 3 vezes, tendo
recebido a maior
votação proporcional jamais alcançada por qualquer outro candidato.
Diante do exposto fica a pergunta: Quando iremos nos conscientizar que precisamos votar em
nossos companheiros? José Roberto Correia França
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